Pesquisas

Concepções de tecnologia de professores para problematizar o ensino de História

Francisco Amarildo Freires dos Santos
http://lattes.cnpq.br/0165567184975068

RESUMO

Desde os anos 1970, diversas iniciativas governamentais e da sociedade civil brasileiras são desenvolvidas para integrar as sempre chamadas “novas tecnologias” no quotidiano escolar sob o discurso de melhoria da qualidade do ensino e a adequação da escola à contemporaneidade. Desde então, muitas pesquisas vêm sendo produzidas a esse respeito, embora trabalhos que discutem a literatura produzida na área de educação e tecnologia apontem uma escassez de investigações desenvolvidas sob perspectivas críticas que não apostem apenas nos “benefícios” e “contribuições” de tecnologias digitais em processos de ensino e aprendizagem. O compartilhamento de um certo fascínio parece atingir todas as áreas do conhecimento, mas esta investigação focará uma delas (história) a partir da seguinte questão orientadora: professores de história, área que tende a problematizar a existência humana em uma perspectiva histórica, também compartilhariam do discurso hegemônico quanto à educação e tecnologias? Alguns trabalhos sobre ensino de história e tecnologias foram analisados para este estudo. Esta pesquisa, no entanto, pretende problematizar relações entre ensino de história e tecnologias a partir da análise de concepções de tecnologia de professores do ensino médio. Para esta análise, será utilizado o esquema conceitual proposto pelo filósofo norte-americano Andrew Feenberg, sobretudo a partir das seguintes concepções apontadas pelo autor para se refletir sobre tecnologia: instrumentalismo, determinista, substantivismo e teoria crítica da tecnologia. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com a análise de alguns artigos sobre ensino de história e tecnologias, assim como a aplicação de questionários, realização de entrevistas semiestruturadas e uma vivência em grupos focais. Outro movimento de pesquisa envolve quinze professores de história de cinco escolas de ensino médio em tempo integral e de duas escolas de ensino médio profissional do município de Maracanaú, localizado na Região Metropolitana de Fortaleza/CE. Os procedimentos de análise dos dados contemplarão a utilização do software Iramuteq e a proposta de análise de conteúdo de Bardin (2011).

Palavras-chave: Educação e tecnologia; Andrew Feenberg; Ensino de história; Filosofia da tecnologia; Abordagens críticas.


Direito à educação e tecnologias: o caso de uma escola pública em contexto de pandemia

Janaína da Cunha Silva
http://lattes.cnpq.br/6246366750055083

RESUMO A Educação é um direito constitucionalmente assegurado a todos e inerente à dignidade da pessoa humana. É um direito humano social, de caráter inalienável, e deve ser garantido sob qualquer circunstância, ainda que em situações extraordinárias e emergenciais, o que se apresenta como um grande desafio em um país com profundas desigualdades de diferentes ordens, como as educacionais e tecnológicas. Com os contextos educacionais modificados pela pandemia provocada pelo vírus do Sars-Cov2 (COVID-19), práticas pedagógicas tiveram que ser repensadas e muitas delas recorrendo-se às tecnologias digitais. A integração de TDIC na rede pública, antes limitada a alguns professores, escolas e projetos, precisou ser estendida para grande parte dos docentes brasileiros, pressionados a utilizar alternativas e meios para a continuidade da educação escolar. Muitos foram os desafios para o uso desses recursos pelos docentes e discentes, sobretudo na escola pública, com vistas à continuidade do processo de ensino-aprendizagem. A partir deste contexto emergencial, realizou-se uma pesquisa para analisar ações pedagógicas adotadas por uma escola pública em situação vulnerabilidade e pela SEEDUC para buscar garantir o direito à educação dos estudantes durante a pandemia, observando-se como tecnologias foram consideradas nessas ações. Trata-se de um estudo de caso de uma escola pública estadual, situada na Zona Norte do Rio de Janeiro, que oferece o Ensino Médio regular noturno. A metodologia envolveu análise documental, aplicação de questionário, realização de entrevistas com quase todos os professores e gestores, além de anotações de Diário de Campo. A investigação recorreu a referenciais que contribuíram para a análise e discussão, com destaque para uma concepção de Direito à Educação que contempla as categorias acesso, permanência e qualidade da educação. A análise de conteúdo conduzida buscou compreender concepções de Direito à Educação, como suas categorias teriam sido contempladas e se relacionaram às tecnologias digitais. Para além da escola, a pesquisa apresenta um recorte da condução do governo do estado do Rio de Janeiro em torno do Ensino Remoto Emergencial (ERE). Ao fim dessa trajetória, fica evidente que mesmo com a adesão e esforço por parte dos professores e da SEEDUC, o Ensino Remoto Emergencial não foi suficiente para garantir o Direito à Educação dos estudantes daquela escola. A pesquisa sugere que o Direito à Educação exige condições socioeconômicas e, cada vez mais tecnológicas, para a sua garantia.

Palavras-chave: Direito à Educação; Ensino Remoto Emergencial; Integração de Tecnologias; Educação; TDIC.


Estado da Arte das concepções de exclusão digital e seu enfrentamento na Educação referente ao período da pandemia de Covid-19

Caroline Gomes Pirajá
http://lattes.cnpq.br/1118746406617071

RESUMO

Este trabalho pretende apresentar o Estado da Arte do conceito de Exclusão Digital, com um recorte na Educação, durante o período da pandemia de Covid-19. Entendendo que no período da pandemia a Exclusão ficou ainda mais acentuada, busca-se identificar como a comunidade acadêmica lidou com este conceito e quais foram as estratégias na prática da Educação para o seu enfrentamento. A população brasileira carrega em sua história, estruturas políticas e econômicas desiguais, que afetam diferentes setores da vida dos sujeitos. Com apoio na literatura acadêmica, serão exploradas as concepções de Exclusão e Inclusão, que no decurso da pandemia, pode ter sofrido reconfigurações com o isolamento social e a crise financeira instaurada naquele momento de fragilidade da vida em comunidade. Foi perceptível, naquele momento, a importância do acesso democrático à internet e as demais Tecnologias da Informação e Comunicação, para que pudéssemos manter o atendimento de nossos compromissos e necessidades, os quais dependem de nossas interações em comunidade. A Educação não se distanciou desta questão e de suas consequências, pois, com severas marcas da desigualdade social, foi evidenciada a precariedade do nosso sistema de ensino. Daí a importância de discutirmos, neste contexto, as concepções de Exclusão presentes em referenciais da área. Sendo a Exclusão um conceito de difícil definição na literatura, pretende-se a partir desta pesquisa do Estado da Arte, estabelecer relações entre produções acadêmicas referentes a este conceito, com a finalidade de identificar as mais utilizadas, assim como novas perspectivas, subtemas, ou empregabilidades diversificadas do tema. A pesquisa, de caráter quali-quantitativa, será realizada a partir de artigos de periódicos revisados por pares do extrato A1 e A2. A partir do que for foi coletado, verificaremos nos discursos, sua consonância e/ou contrariedade sobre o termo, no período entre 11/03/2020 à 02/01/2022.

Palavras-chave: Exclusão Digital; Desigualdade; Educação Remota; Inclusão Digital; Enfrentamento.


Integração de TDIC ao currículo: ações de gestão escolar sob uma perspectiva democrática

Alessandra de Souza Santos
http://lattes.cnpq.br/5778486907339945

RESUMO Esta pesquisa tem o objetivo de analisar ações de gestão escolar para integração de TDIC ao currículo a partir de uma perspectiva de gestão democrática. Há décadas, programas e projetos governamentais buscam promover a integração de tecnologias digitais às práticas pedagógicas. Até a adoção do Ensino Remoto Emergencial (ERE), durante a pandemia de COVID-19, a integração das TDIC ao currículo na Educação Básica brasileira era marcada por experiências pontuais, sobretudo na rede pública. Com a expansão da vacinação, gestores, professores e estudantes começaram a retornar às aulas presenciais tendo, parte deles, vivenciado o ERE com TDIC. As experiências vivenciadas no ERE produziram aprendizagens e reflexões que podem contribuir com a integração entre TDIC e currículo? A literatura da área aponta para a importância da liderança e apoio da gestão escolar visando esse fim. Quais seriam as ações de gestão escolar para a busca da integração de tecnologias ao currículo sob uma perspectiva de gestão democrática? O referencial envolverá autores como Valente e Almeida; Lück; Libâneo; Gadotti; Paro e a perspectiva de gestão democrática de Paulo Freire, além das legislações sobre o tema. A abordagem metodológica será qualitativa, com análise documental e coleta em campo. De modo a atingir os objetivos propostos, serão realizadas entrevistas semiestruturadas com gestores escolares e suas equipes da Rede Municipal de Educação de Nova Iguaçu por amostragem, além da aplicação de questionário eletrônico para gestores e professores da Rede Municipal. A análise das entrevistas e do Questionário será complementada com a de documentos. Os resultados possibilitarão a divulgação das ações de gestão escolar para a busca da integração de TDIC ao currículo sob uma perspectiva de gestão democrática. A pesquisa buscará, portanto, contribuir com as discussões no campo da educação e incentivar novas pesquisas, além de servir como fonte de pesquisa para futuras políticas públicas para integração das TDIC ao currículo.

Palavras-chave: Integração; Tecnologias Digitais; Currículo; Gestão Democrática.


Literatura de educação e tecnologias sob abordagem crítica: dos 50 anos da Pedagogia do Oprimido ao centenário de Paulo Freire

Jaqueline Maria Freitas Prioli Novaes
http://lattes.cnpq.br/9219513506408656

RESUMO

Paulo Freire é um dos principais referenciais da perspectiva crítica da educação no mundo. Suas obras contribuíram para os estudos de um dos campos mais importantes da corrente teórica “pedagogia crítica”. Esta perspectiva crítica, no entanto, não predominaria na área de educação e tecnologia que, em geral, enfoca os benefícios promovidos pelas tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) à educação. Uma vez que a pedagogia de Freire também é utilizada por autores que discutem educação e tecnologia, esta proposta de pesquisa pretende analisar se os pesquisadores, que recorrem à Freire como referencial teórico, apresentariam um discurso coerente com uma perspectiva crítica. Assim, a presente pesquisa se propõe a analisar a literatura acadêmica produzida no período que compreende dois marcos importantes para a educação brasileira: os 50 anos de publicação de Pedagogia do Oprimido e o centenário de Paulo Freire, quando muitos trabalhos foram publicados retomando o pensamento do autor e recorrendo à sua obra para discussões da atualidade. Além de apresentar um panorama dos trabalhos, a pesquisa irá analisar como a pedagogia desenvolvida por Paulo Freire vem sendo incorporada em artigos acadêmicos de língua portuguesa sobre Educação e Tecnologias a partir de três categorias caras às de abordagens críticas: relações de poder, dominação e exploração. Trataremos das inter-relações da Tecnologia (TDIC) e Educação, cada vez mais presentes no contexto educativo e que foram aceleradas pela pandemia, para identificar se os pesquisadores têm aprofundado as discussões que emergem desse campo e se, ao adotarem a pedagogia crítica como abordagem teórica, suas produções endossariam ou não o discurso hegemônico da área. Haveria mudanças significativas em relação ao resultado encontrado em pesquisas anteriores? É o que nos propomos a descobrir. Desenvolveremos uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório, com análise de conteúdo, que pretende colaborar com o aprofundamento das discussões da área, considerando que o recorte temporal escolhido contempla um momento de forte revisita aos conceitos freirianos.

Palavras-chave: Paulo Freire; Educação e Tecnologias; TDIC; pedagogia crítica.


Pós-graduação stricto sensu no brasil: do ensino remoto emergencial (ere) à educação híbrida

Wanessa Renault Martins
http://lattes.cnpq.br/7067949987118107

RESUMO

Análises do desenvolvimento da Educação Superior apontam um crescente hibridismo da oferta de ensino em todo o mundo. No país, a expressão “híbrido” tem se referido a uma forma de organização do processo educativo, mesclando ações presenciais e “a distância”, embora a expressão não apareça em normativas da Educação Superior. Mas na Graduação e na Pós-graduação lato sensu, esse movimento pode ser identificado ao menos desde o início dos anos 2000 com a autorização para que parte da carga horária seja ministrada a distância. No momento em que alguns mestrados e doutorados se movimentavam em direção à modalidade a distância, o mundo todo foi surpreendido por uma crise sanitária. A Pós-graduação stricto sensu brasileira, em parte, migrou para o chamado “Ensino Remoto Emergencial (ERE)”, inaugurando práticas pedagógicas que podem permanecer com o fim do distanciamento social, considerando a legislação existente. Assim, objetivo geral desta pesquisa é investigar desafios e possibilidades para as práticas de ensino e pesquisa em Programas de Pós-graduação stricto sensu em Educação realizadas durante o Ensino Remoto Emergencial com vistas ao hibridismo. Poderão essas experiências contribuir para o desenvolvimento de uma Educação híbrida de Pós-graduação no país? Compreende-se, Educação Híbrida como um processo de ensino e aprendizagem organizado de forma flexível, caracterizada por múltiplas combinações de tempos e espaços (síncronos e assíncronos), recursos e metodologias, definidos de forma dialogada por instituição, docentes e discentes. O estudo será desenvolvido a partir de concepções de Educação, Educação a Distância e hibridismo de autores da área de Educação e Tecnologia. Compõe a revisão da literatura as principais e mais recentes normativas produzidas relacionadas ao tema (decretos regulamentares, portarias e resoluções ministeriais etc.). Trata-se de um estudo do tipo descritivo desenvolvido sob abordagem qualitativa. De modo a atingir os objetivos propostos, serão realizadas entrevistas semiestruturadas com coordenadores, docentes e discentes de Programas de Educação, de instituições públicas e privadas, da região Sudeste, onde estão concentrados a maior parte dos Programas do país. Esse material passará por uma Análise de Conteúdo. As entrevistas serão complementadas com a análise de Relatórios do Coleta Capes, referentes aos Programas, na Plataforma Sucupira. A pesquisa buscará, portanto, oferecer um panorama dos desafios e possibilidades para os PPG a partir do ERE e diante da possibilidade de oferta de Programas sob diferentes configurações (presencial, EaD e híbrido).

Palavras-chave: Pós-graduação; Stricto sensu; EaD; Hibridismo; Tecnologias Digitais; Ensino Remoto Emergencial.


Formação de graduandos em análise e desenvolvimento de sistemas informatizados: questões de poder e ética com a expansão da Inteligência Artificial

Roberto Cardoso Freire da Silva
http://lattes.cnpq.br/5554122156574905

RESUMO

Na atualidade, grande parte de nossas vidas e interações vêm sendo mediadas por ambientes controlados, plataformas digitais, criadas e gerenciadas por algoritmos que se reconfiguram a partir de nossas ações, limitando nossas escolhas nesses ambientes. Com a popularização da Internet e as inovações no campo da computação dos últimos anos, mais especificamente no que se relaciona ao Big Data e à Inteligência Artificial (IA), emergem novos paradigmas sociais que envolvem questões éticas, potencializando desigualdades. Com os chamados sistemas inteligentes, a IA passa a ter maior autonomia para a execução de suas tarefas e a construir, de forma “autônoma”, o seu próprio caminho para chegar a um objetivo. Ocorre, neste sentido, uma espécie de emancipação dos sistemas a partir dos dados, agora mais livres para explorar caminhos que os levem aos “melhores resultados”, aumentando sua imprevisibilidade mesmo para seus desenvolvedores. Questões que nos remetem à importância de problematizarmos os princípios éticos norteadores daqueles que desenvolvem estas tecnologias. A partir deste contexto e problemática, nos propomos a realizar uma pesquisa qualitativa descritiva, com o intuito de investigar a formação ética nos Cursos Superiores de Sistemas da Informação no Brasil. Os dados serão produzidos a partir de entrevistas com docentes destes cursos, além da análise documental de ementas e outros documentos norteadores da formação. As discussões serão realizadas a partir de autores que problematizem a formação sob uma perspectiva humana, como Freire, Arendt, Goergen e de autores que discutem ética a partir filosofia da Tecnologia, como Feenberg, Floridi e Coeckelberg. Almejamos que as discussões e publicações, decorrentes desta pesquisa, possam estimular reflexões acerca de novas possibilidades educativas destes arquitetos de sociedades algoritmizadas.

Palavras-chave: Profissionais de TI; Inteligência Artificial; Ciência de Dados; Algoritmos; Ética; Responsabilidade moral.


Sutilezas na transformação do trabalho docente a partir da automatização na Educação Superior privada

Flávia Arruda Rodrigues
http://lattes.cnpq.br/4288388756142354

RESUMO A crescente automatização das rotinas de trabalho dos professores das instituições de ensino superior privadas alinhada com a lógica de mercado vigente tem levado estes profissionais a vivenciarem transformações em seus cotidianos laborais. Novas tecnologias digitais, muitas delas apoiadas por algoritmos, reconfiguram as ações dos docentes no dia a dia de seus contextos profissionais, especialmente em sala de aula. Atualmente, no exercício de suas funções, eles passam a lidar com mecanismos como inteligência artificial atuando na assistência de gravação de aulas síncronas online, automatização da chamada de alunos, elaboração eletrônica de provas, distribuição robotizada de locais de atuação e uso de reconhecimento facial na rotina acadêmica, entre outros. Essas sutilezas das novas rotinas docentes acabam por alterar substancialmente a configuração da experiência vivida em sala de aula. Quase sempre, a justificativa das universidades para tais investimentos está apoiada em seus processos históricos de financeirização, pelos quais passaram a ter fins lucrativos a partir do decreto nº 2.306, de 19 de agosto de 1997. Essas ferramentas automatizadas de gestão docente não só mudaram a configuração do trabalho dos professores, diminuindo suas autonomias e aumentando sobre eles a vigilância das instituições, como tiraram a potência da relação com os alunos em ambientes universitários, dificultando o estabelecimento de vínculos e a mediatização dos conteúdos. A pesquisa é exploratória, de caráteres descritivo e analítico, envolvendo entrevistas semiestruturadas com professores e profissionais de mercado que implantam e controlam o uso destas tecnologias digitais nas instituições de ensino superior privadas. A revisão de literatura alinhada com o tema apoiará a discussão, que terá, ainda, aporte de teóricos como Neil Selwyn, Nestor Biesta, Paulo Freire, Raquel Barreto e Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida. Após a pesquisa de campo, espera-se analisar se são producentes as novas configurações do ensino superior privado sabendo-se que, transversalmente, são tocadas pela massificação e pela precarização do ensino.

Palavras-chave: Automatização; Trabalho docente; TDIC; Educação Superior privada; Transformação do ensino.